Diálogo é o caminho para prevenir e combater o Bullying

A vida escolar pode apresentar desafios que superam os conteúdos apresentados em sala de aula, por isso é preciso aprender a conviver e a respeitar as diferenças. Para prevenir, identificar e combater posturas que venham interferir no desenvolvimento socioemocional dos estudantes, o Colégio Exponencial realiza um trabalho permanente de diálogo entre a escola, alunos e família. Um dos objetivos é evitar que o estudante se submeta a agressões intencionais, verbais ou físicas feitas de maneira repetitiva , por um ou mais colegas, situações que caracterizam o Bullying.

O trabalho de enfrentamento ao Bullying é realizado de forma coletiva, com auxílio da psicóloga do colégio, coordenação, professores, regentes de classes e líderes de turmas para traçar um panorama das salas e tentar identificar casos individuais que precisam de mais atenção. Segundo a psicóloga do Colégio Exponencial, Ana Amélia Bedin, muitas vezes o Bullying ocorre de maneira silenciosa e discreta, por isso a atenção sempre precisa ser redobrada. “Tem muita coisa invisível aos nossos olhos, mas estamos sempre atentos. Estabelecemos  uma boa comunicação, contamos com o regente de classe que é o professor responsável para olhar a turma como um todo, também temos um líder de turma, eleito entre os próprios alunos, todos são muito ouvidos no conselho de classe”, explica.

O trabalho preventivo passa pela conscientização moral. Neste contexto o Exponencial desenvolve o Projeto Valores para Vida, implantado no ano passado visando a formação ética e moral focada em valores e atitudes, tendo como temas: o respeito, responsabilidade, cuidado e rigor acadêmico. “Este projeto foi pensado para melhorar as relações sociais, ir além do conteúdo trabalhado em sala de aula, explorando a questão das competências soemocionais. A escola não pode fugir deste papel na formação da vida do sujeito, o Exponencial sempre foi muito comprometido com isso”, afirma a psicóloga.

Quando são identificadas ocorrências de Bullying a escola faz um trabalho intensivo com os envolvidos, comunidade escolar e famílias para ter vários olhares sobre a situação. “Acompanhamos a evolução de cada caso, agimos com rigidez quando necessário, mas sempre num primeiro momento acolhemos com ternura e empatia. Tentamos trabalhar no sentido de um se colocar no lugar do outro”, destaca Ana Amélia.

Suporte
Para melhorar a convivência entre os alunos, o colégio também aposta em trabalhos de integração, dinâmica de grupo, convívio social e de motivação. “Quando conseguimos ter um diálogo aberto entre alunos, escola e família muitas situações podem ser evitadas”, avalia o diretor do Exponencial, Élio Maldaner.

O diretor também destaca que um dos grandes diferenciais é contar com o trabalho de uma psicóloga no colégio.  “ Oferecemos este suporte profissional, para ajudar na compreensão psicológica e fazer leitura adequada de cada situação”, enfatiza o diretor.

Recado para os estudantes
Os alunos também são estimulados a serem firmes e resilientes.  “O que não é superado é engolir dores e passar por situações de humilhação e levar isso para o resto da vida. Para pertencer a um grupo não posso aceitar tudo, eu tenho meus limites e preciso me respeitar enquanto individuo”, orienta a psicóloga.

Orientações às  famílias
- Diálogo aberto com os filhos, se propor ouvir de verdade.
- Buscar a parceria da Escola sempre que for preciso e quando as intervenções da família já não forem suficientes para o caso.
- Estimular a autoestima da criança/adolescente.
- Treiná-los para lidar com frustrações é fundamental.
-  Encorajar a ter resistência diante das frustrações e a resolver as situações adversas.
- Sempre buscar ouvir sem julgamento.
- A família precisa ter postura ativa.
- Refletir juntos estratégias concretas de enfrentamento das situações.
- Não deixar de impor limites claros.
-  Estimular a pedir ajuda sempre que necessário.